O Museu Cláudio Oscar Becker, Ivoti – RS, foi criado e oficializado em 8 de dezembro de 1995, pela Lei Municipal nº 1356.
Está organizado em uma das casas do Núcleo das Casas Enxaimel, no Bairro Feitoria Nova, também conhecido como Buraco do Diabo, ou “Teufelsloch”.
Integra um conjunto de casas que remete ao final do século XIX e início do século XX.
Foi criado com o propósito de preservar e divulgar as memórias e histórias do município de Ivoti, através do seu acervo do patrimônio histórico, cultural e artístico.
É um museu de ambiência, que retrata como as famílias viviam na época da colonização.
Suas peças foram doadas pela comunidade e não pertenceram a uma única família.
Com certeza, os mais jovens vão se surpreender.
Certamente é uma bela viagem no tempo.
A réplica de um dormitório de casal, dá bem a medida da vida simples dos colonos na época.
Dos colchões de palha ao penico, das tinas de banho às lâminas de barbear.
É um lugar para ser explorado junto com crianças. É diversão garantida.
O Museu apresenta uma nova proposta de expografia – e de ações – que explora também outras histórias, a fim de garantir a diversidade cultural.
Horário de funcionamento do Museu Cláudio Oscar Becker
Atendimento: de terça a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 13h às 17h.
Nos sábados e domingos, das 8h30 às 17h – entrada franca
A Igreja de São Pedro Apóstolo de Ivoti, também conhecida como Antiga Igreja Matriz, foi tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual – IPHAE, em 1986.
A sua construção iniciada a partir de 1869 e foi destruída por chamas duas vezes.
Na primeira vez, em 19 de novembro de 1924, a Igreja de São Pedro Apóstolo foi quase totalmente destruída por um incêndio, salvando-se as paredes e a torre.
A sua reconstrução foi concluída um ano depois, em 15 de novembro 1925.
Em 1961, o Arcebispo Metropolitano sugeriu a ampliação da igreja, mas a ideia foi substituída pela construção de uma nova.
A transferência definitiva do culto para a igreja atual se deu em 29 de março de1969.
A “Igreja Velha”, como passou a ser conhecida a Igreja de São Pedro Apóstolo, serviu como escola até 1973.
A partir de então, foi utilizada para catequese e eventos diversos, até cair no abandono.
Em 16 de setembro de 1986, por volta de meia-noite, o prédio sofreu novo incêndio, sendo a ruína abandonada nos anos posteriores.
O telhado foi refeito, por meio de recursos do Ministério da Cultura, em 2004, mas até hoje a igreja não foi restaurada.
São Pedro Apóstolo
São Pedro, antes de se tornar apóstolo de Cristo, se chamava Simão e teria nascido na Betsaida, na Galiléia.
Era irmão do também apóstolo André.
Pescadores, tinham sua própria frota de barcos em sociedade com Zebedeu e seus filhos Tiago e João.
Foi apresentado a Jesus, pelo seu irmão André, que o rebatizou Pedro.
Considerado um dos seus principais apóstolos, foi o primeiro a vê-lo depois de sua morte.
É considerado o primeiro Papa da Igreja Católica:
Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
(Mateus 16:18-19)
A primeira pregação de São Pedro aconteceu no dia de Pentecostes.
Quando soube que seria crucificado, escolheu ser posto de cabeça pra baixo, por considerar-se indigno de morrer como Jesus.
O primeiro pontífice católico, crucificado no ano 64 d.C, está enterrado na basílica que leva seu nome e se localiza no Vaticano.
O Pórtico de Ivoti é a porta de entrada para quem acessa a cidade pela avenida Bom Jardim.
Este é o primeiro ponto turístico para quem vem pela BR 116 e dificilmente você vai deixar de percebê-lo, pois ele parece sorrir para quem passa por ali, como se convidando para entrar.
Inaugurado no dia 29 de março de 2008, juntamente com o novo trevo de acesso à cidade, pela prefeita Maria de Lourdes Bauermann, teve seu projeto elaborado pelo arquiteto José Augusto Lisboa.
O Pórtico de Ivoti é formado por dois pilares de 10 metros de altura e uma torre com 15,98 metros de altura.
Inspirado na Ponte do Imperador, foi construído com pedra de arenito especial.
Apresenta a estrutura à vista – Enxaimel – característica marcante da arquitetura germânica, presente ainda hoje em várias casas da cidade.
Esta estrutura também é encontrada em outro ponto turístico, o Núcleo de Casas Enxaimel no Buraco do Diabo.
Na torre foram instalados relógios de mármore, nas duas faces e um galo com uma rosa dos ventos.
Este galo com a rosa dos ventos é característico das casas alemãs.
Suas telhas foram confeccionadas no Canadá, modelo utilizado ainda hoje na Alemanha.
Então, quando você chegar à cidade, não hesite de parar e tirar uma foto no Pórtico de Ivoti.
Com certeza você não vai ser o primeiro a fazer isso e não será o último.
Tanto que agora há um espaço para estacionamento, antes do Pórtico, para facilitar.
Ivoti – Rottenbuch
Junto ao Pórtico de Ivoti encontra-se o Monumento das Cidades Coirmãs Ivoti/Rottenbuch.
Foi construído em 2012 e inaugurado pela prefeita Maria de Lourdes Bauermann.
O projeto foi executado pelo arquiteto Rodrigo Erhart e a obra foi realizada pela Secretaria de Obras.
O monumento, com três metros de altura, tem gravado em sua face, os nomes Ivoti e Rottenbuch e acima destes, seus brasões.
A bandeiras do Brasil e da Alemanha, além dos símbolos das duas rotas turísticas, também estão estampados no monumento.
Rottenbuch, que fica na Rota Romântica alemã, ajudou a inspirar os municípios da região da Encosta da Serra a criar um roteiro semelhante.
Ivoti foi a primeira cidade da Rota Romântica a conquistar uma parceria com uma cidade da Romantisch Strasse (Rota Romântica alemã).
Esta parceria teve a intermediação da Associação da Rota Romântica (ARR).
O prédio, antiga escola da comunidade, foi reformado e o projeto assinado pela arquiteta, de origem nipônica, Madalena Fuke.
A escolha de Madalena se deu pela sua vinculação étnica com a comunidade.
O Memorial foi inaugurado no dia 11 de novembro de 2010, com a presença do vice-governador, Koichiro Yoneda, da Província de Shiga, no Japão.
O projeto foi de extrema importância para a preservação da cultura desses imigrantes, pois corriam o risco de ter suas memórias perdidas no tempo.
Quem visita o Memorial da Colônia Japonesa de Ivoti, tem a possibilidade de conhecer aspectos da cultura, do esporte e da religião deste povo.
No local, além dos objetos em exposição, você também pode adquirir itens produzidos pelos descendentes japoneses.
Os objetos que fazem parte do acervo do Memorial foram doados pelas 45 famílias, que se envolveram no projeto.
O Memorial proporcionou um maior desenvolvimento econômico para a comunidade, passando a fazer parte dos pontos turísticos de Ivoti.
Há, principalmente nos finais de semana, grande visitação por parte de turistas, que se dirigem para lá em busca das comidas típicas, das festividades e da interação com a cultura nipônica.
A feira junto ao Memorial da Colônia Japonesa de Ivoti
A Ponte do Imperador é, dos pontos turísticos de Ivoti, o mais famoso. Não tem quem não conheça.
Edificada sobre o Arroio Feitoria, no bairro Feitoria Nova, a 1 km do centro da cidade de Ivoti.
Foi projetada para substituir uma ponte de madeira que havia a uns 50 metros adiante.
As obras da Ponte do Imperador, iniciaram em 1857 e finalmente foi concluída em 1864.
A construção, que levou sete anos para ser concluída, foi paralisada diversas vezes, devido a falta de recursos financeiros.
Já naquela época, como ocorre atualmente, a obra foi super faturada. Consequentemente teve seu custo inicial triplicado até a sua conclusão.
Os recursos advinham, acima de tudo, do Governo Provincial, além de contribuições financeiras dos beneficiários da construção.
Esses beneficiários eram imigrantes que necessitavam escoar seus produtos e também trabalhar suas terras na margem oposta do rio, deste modo só tinham a ganhar com o investimento.
Pouco tempo depois de sua conclusão a ponte passou por reformas, devido a rachaduras.
Porém até hoje a ponte continua firme, mesmo com as várias enchentes que teve de suportar.
A Ponte do Imperador recebeu esse nome em homenagem a D. Pedro II, que destinou 30 contos de réis, através do Governo Provincial.
A construção da Ponte do Imperador
Considerada uma construção audaciosa para a época, a Ponte do Imperador foi construída em estilo romano, com três grandes arcos para a passagem da água.
Seu comprimento é de 148 metros e a largura varia de 7,70 a 14,20 metros. Ainda hoje ela encanta quem passa por ali.
Nas documentações sobre a construção da ponte, Jacob Datsch aparece como sendo o primeiro construtor local.
Porém a construção teve como arquiteto e contramestre Johannes Sauter.
Construída em pedra grês empilhada e encaixada, foi usado cimento apenas nas colunas que ficam dentro da água.
Três grandes arcos garantem a passagem das águas do Arroio Feitoria.
A Ponte do Imperador tornou-se Patrimônio Histórico Nacional em 1986, quando foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
A Ponte do imperador foi reformada em meados da década de 1970, no segundo mandato do Prefeito Neldo Holler (em pé e de camisa branca na foto a esquerda).
As informações baseiam-se em pesquisas feitas no Arquivo Histórico do RS, por Hermedo Egidio Wagner, ex-Secretário de e Educação e Cultura de Ivoti.
Hermedo Wagner participou do grupo de estudos da história de Ivoti e foi colaborador do livro Bom Jardim-Ivoti: no palco da história, organizado pelo Me. em Educação Roque Amadeu Kreutz.
O Belvedere de Ivoti, ou Mirante de Ivoti, está localizado no final da avenida Presidente Lucena, próximo à Igreja São Pedro Apóstolo.
Dali, você pode visualizar, a olho nu, as belezas naturais do bairro Feitoria Nova de Ivoti.
No local tem até uma luneta para facilitar a observação da paisagem nos seus mais ricos detalhes.
A luneta do Belvedere é fixa e tem seu foco pré-ajustado, evitando-se com isso a necessidade de regulagem.
Então, mesmo que você não entenda nada de lunetas, pode utilizá-la.
Ela facilita a observação por pessoas de todas as idades.
As crianças adoram.
Mas se você gosta de se exercitar, vale a pena descer os 176 degraus da escadaria.
Ela está no local desde a década de 80, liga a Feitoria Nova ao Centro e vice-versa.
Bem conservada, rasga a vegetação nativa.
A obra do Belvedere foi executada na administração do prefeito Arno Müller.
LunetaVista do bairro Feitoria VelhaEscadaria que liga o Centro com a FeitoriaBelvedere visto da av. Presidente LucenaBancos com flores estilizadasBelvedere/Mirante PraçaDetalhe da Luneta
Em 2009 o Belvedere passou por uma completa reformulação.
Recebeu canteiros de flores e folhagens, bancos e nova iluminação, além da completa reforma de sua escadaria.
Já em dezembro de 2021, a escadaria passou por uma nova revitalização.
Além disso, foi construído um deck para descanso junto a escadaria.
Também foram feitas melhorias na iluminação e recuperação de pontos danificados, drenagem e impermeabilização.
É um espaço perfeito para o chimarrão do final da tarde.
Então, que tal convidar a família para visitar um local tão agradável.
Nelas estão instalados o Museu Claudio Oscar Becker, a Casa Zimmermann, onde funciona o Armazém Colonial, a Casa do Artesão, o Departamento de Turismo e Cultura e a Casa Amarela, restaurante que serve a culinária típica alemã.
É um conjunto estrutural de elementos ordenados e ligados entre si em ambas as extremidades.
Cada haste é um componente de pelo menos um compartimento, ou seja, um polígono.
Este princípio só é possível a partir do equilíbrio da distribuição de forças de pressão e tração – cargas e independe do modo que é fixado – não perderá a característica de uma treliça.
Também independe do material usado. Podendo ser madeira ou não.
A lenda do Buraco do Diabo
O Buraco do Diabo tem uma história curiosa, que nada tem a ver com o chefe daquele lugar para o qual a maioria vai.
Na verdade, por um equívoco é que o lugar ficou conhecido assim: é o que foi passado de geração em geração e é bem plausível.
Imagine-se o início da povoação de nossa cidade, onde muitos foram habitar aquele local de baixada, ao lado do Arroio Feitoria.
O deslocamento de um lugar a outro dava-se a pé ou em lombo de cavalo, pelo mato e por caminhos cercados de capim alto.
Agora, imagine o susto de um colono, ao se deparar, ao anoitecer, com uma criatura jamais vista, com os braços abertos e um longo focinho.
Apavorado, saiu em disparada anunciando a todos que que havia se encontrado com o próprio demônio, que tinha visto o diabo lá no buraco.
Em pouco tempo, a expressão se espalhou: lá no Teufelsloch (Leia: Tói – fêls – lôch)
E o que seria?
Tamanduá-mirim em postura defensiva no Cerrado de Bonito (MS)
Mais tarde verificaram que era um tamanduá, comum aqui na região, mas desconhecido para os colonos alemães.
Para piorar, o bicho quando ameaçado fica de pé e abre os braços.
Já o Padre Carl Schlitz, em “Crônicas sobre Bom Jardim, apresenta outra explicação para o nome “Buraco do Diabo”.
Segundo ele, o referido vale recebeu esse nome do morador Peter Adam Noschang, porque o terreno era tão íngreme que ninguém conseguia descer e subir sem se segurar nas árvores.
Casa Amarela ou Casa Comercial do Ludwig é porta de entrada do Núcleo das Casas Enxaimel.
Construída em 1907, em estilo eclético, teve como primeiro proprietário, o sr. Georg Heinrich Ludwig, que ali instalou uma “venda”.
Com uma área de 224 m2, dividida em seis aposentos.
Posteriormente, em 1938, a casa foi vendida para a empresa Schneider Irmãos.
A Casa Amarela abrigou, além da Casa Comercial, a indústria de laticínios Alberto Schneider & Cia Ltda. e o Banco Industrial e Comercial do Sul (atual Santander).
Porém, com a grande enchente da década de 1960, ocorreu um processo de abandono, pois as famílias migraram para outros lugares.
Em 2004, a prefeitura, na gestão do prefeito Arnaldo Kney, adquiriu o imóvel.
Como não havia dinheiro para reforma, o prédio ficou temporariamente desocupado.
Pouco depois, em 2005, um incêndio destruiu parte da estrutura.
Na gestão da sra. Maria de Lourdes Bauermann, foram obtidos recursos da Alemanha, através do Consulado de Porto Alegre, para a reforma do prédio.
A Casa Amarela, então, passou a ser usada para fins comerciais.
Ela integra a área de tombamento do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional.
Construída com a técnica enxaimel, a casa é dividida em vários ambientes.
Além de uma sala anexa nos fundos, conta com um sótão com janelas de vidro para iluminação e ventilação.
As portas são em duas folhas com almofadas, janelas com tampões de abrir à francesa.
Segundo variadas informações, esta casa era a moradia de Georg Heinrich Ludwig, dono da casa comercial ao lado, hoje conhecida como Casa Amarela.
Posteriormente, foi vendida à família Schneider.
Entretanto, já com a casa em ruínas, a Prefeitura de Ivoti adquiriu o terreno em 2001, conforme nº de matrícula 17738 do Registro de Imóveis e a reconstruiu em anos posteriores.
Atualmente, é utilizada pelo Departamento de Cultura e Turismo de Ivoti.
A Casa do Artesão está instalada em uma construção datada do início do século XIX.
A atual “Casa do Artesão”, foi construída utilizando a técnica enxaimel e conta com área e cozinha nos fundos.
Essa casa foi construída sobre uma base baixa de pedras, sem vigamento de madeira na base.
Estima-se que a construção remonta, provavelmente, a meados do século XIX.
Theobaldo Ewerling comprou os lotes, em 1949, já com as construções, de Jacob Tohm.
Ali, morou Margarida Ewerling, costureira da vila, na época.
Houve também um período em que a casa foi utilizada como escola, tendo como professora Joana Scherer que ali dava aulas.
Depois de pertencer a Herberto Bockorny, segundo informações orais, a casa pertenceu a:
Oscar Weber
Professor Nicolau Fridolino Kunrath
Dealmo Marmitt
Leopoldo e Elwira Eidelwein e
Alberto Eidelwein, filho deles, que foi o último proprietário e morador da casa.
A prefeitura de Ivoti adquiriu o imóvel, conforme Ofício de Registro de Imóveis – Comarca de Estância Velha – Livro nº 2, matrícula nº 16544, na data de 2 de fevereiro de 1990.
Hoje a casa está cedida pela Prefeitura, à Associação para Desenvolvimento Turístico de Ivoti.
Nela, associados expõem e vendem seus produtos.
Entre os itens à venda, estão objetos de decoração, quadros, panos de prato, roupas, utensílios de cozinha, entre outros.
Atendimento: de segunda a sexta, das 9h às 11h30min e das 13h às 17h.
Sábados e domingos, das 9h às 17h.
Endereço: Rua da Cascata, s/nº – Bairro Feitoria Nova
A Casa Copiada recebeu este nome, pois não é original.
Foi construída com material de demolição, de outras casas enxaimel.
Propriedade de Carlos Lima, ela é a mais fotografada do Núcleo..
Outras Casas Enxaimel, em Ivoti
CASA HOLLER
A Casa Holler foi construída em estilo enxaimel entre o fim do século XIX e início do século XX.
O andar superior serviu de moradia para Guilherme Holler e sua esposa Felippina Guilhermina Fick e seus 9 filhos.
Av. Presidente Lucena, 3230
Originalmente, o prédio servia de salão de baile e, sucessivamente, foi transformado em fábrica de tamancos e de selas” (WEIMER, 1983, p. 180).
Conforme Klein, “no despontar do século XX, Guilherme Holler instalou uma atividade manufatureira no porão de sua casa […], no início, Guilherme dedicava-se à manufatura de selas de cavalo e utensílios de montaria” (KLEIN, 2013, p. 455).
“Mais tarde, passou a confeccionar chinelos, tamancos e botas de couro cru. Finalmente, por volta de 1916, iniciou a confecção de calçados mais sofisticados, sob medida” (KLEIN, 2013, p. 455).
Sobre a família Holler
Os primeiros registros encontrados sobre a presença da família em Bom Jardim, remontam aos primeiros anos da povoação.
Isso, quando o casal evangélico Holler (Carl Holler e Maria Elisabeth) batizou a filha Maria Catharina em 21 de julho de 1828 (KREUTZ; ROST, 2013, p. 55). Weimer (1983, p. 180).
Considera-se possível a hipótese de que Guilherme Holler, o antigo proprietário, seja descendente do imigrante Carl Holler.
“Não conseguimos saber se o prédio foi construído por seus ancestrais. Sabe-se apenas que a família Holler o possuía desde tempos imemoriais” (WEIMER, 1983, p. 180).
Tempos depois, o casarão é vendido, passando a ser conhecido como Casa Exner, pois pertenceu à família Exner, de 1951 a 2012.
Documentário Salão Holler
A Casa, ou melhor, o Salão Holler, é um dos exemplares mais significativos da arquitetura da imigração alemã no Rio Grande do Sul.
O primeiro estudo que trata sobre o bem foi a pesquisa acadêmica do professor Günter Weimer (1983, 2005).
Posteriormente, textos de Albanita Klein e Roque Amadeu Kreutz (ambos de 2013, da obra “Bom Jardim – Ivoti: no palco da História”) apresentam informações importantes sobre o prédio.
Em meados de 2013, a casa se encontrava na iminência de demolição.
A partir disso, os membros dessa organização montaram um dossiê sobre a situação do bem, seu histórico e a demolição que estava em curso, documento que foi encaminhado à promotoria local.
Constatada a agressão à edificação, comunicou-se ainda, a Prefeitura Municipal e o IPHAE.
No dia 17 de junho, as obras foram embargadas e foi dado iniciou ao processo de tombamento provisório da casa, com vias de proteção.
O tombamento do prédio só se tornou definitivo ao fim do processo, no início do ano de 2014, em 13 de janeiro, pela portaria estadual número 001.
Em fevereiro de 2021, a prefeitura iniciou o processo de restauração, anunciando que este será realizado em três etapas.
KLEIN, Albanita; KREUTZ, Roque Amadeu. O Casarão dos Holler. In: KREUTZ, Roque Amadeu (org.). Bom Jardim – Ivoti: no palco da História. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. | KONRAD, Adriana; BRUM, Cristiano Enrique de; OLIVEIRA, Suzana Vielitz de; MARONEZE, Luiz Antônio Gloger. Percurso Patrimonial: as ações de preservação para o Salão Holler da cidade de Ivoti/RS. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v.155, p.123-148, 2018. | MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Promotoria de Justiça de Ivoti. Inquérito civil IC.01233.00004/2013. | RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Cultura. Portaria 001, de 13 de janeiro de 2014. Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul,Porto Alegre, ano 72, n. 8, 13 jan. 2014, p. 45. | SÃO LEOPOLDO. 2º Cartório de Orphãos de São Leopoldo. Inventário s.nº. Falecida: Felippina Guilhermina Holler. Inventariante: Guilherme Holler. 1924-1925 [Setor de Arquivo do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Etiqueta F9001994860047]. | – SÃO LEOPOLDO. 3º Distrito – Ivoti. Escritura de Compra e Venda. Outorgante: Benno Enzweiler e sua mulher. Outorgado: Felipe Exner e Benno Exner. 1952. | – WAGNER, Daniel. Estalagem Holler e restauração do Salão Holler em Ivoti. Trabalho de Conclusão (Curso de Arquitetura e Urbanismo). Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo-RS, 2017. | WEIMER, Günter. Arquitetura da Imigração Alemã: um estudo sobre a adaptação centro-europeia ao meio rural do Rio Grande do Sul. Porto Alegre/São Paulo: Ed. da Universidade UFRGS/Nobel, 1983. | WEIMER, Günter. Arquitetura Popular da Imigração Alemã. 2 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2005.
Rua São Leopoldo, 593Av. Régis Bittencourt, 1731Av. Presidente Lucena, 3352Casa AdamyRua da Cascata
BIBLIOGRAFIA
KREUTZ, Roque Amadeu. Feitoria Nova ou Buraco do Diabo. In ___(organizador) Bom Jardim-Ivoti no Palco da História. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. | KLASSMANN, Mário Silfredo. Teufelsloch – A história de um Topônimo. In KREUTZ, Roque Amadeu (organizador). Bom Jardim-Ivoti no Palco da História. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. | FRITSCH, Heyde. A Casa Amarela. In KREUTZ, Roque Amadeu. –Bom Jardim-Ivoti no Palco da História. Novo Hamburgo, Feevale, 2013. | SCHLITZ, S. J., Carl – Die Brücke über die Feitoria im Teufelsloch. In: Chronick von Bom Jardim. II Theil, Drittes Kapitel. | WEIMER, Günter. Arquitetura da Imigração Alemã – um estudo sobre a adaptação da arquitetura centro-europeia ao meio rural do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983. | PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL – PUCRS. Pesquisa Arqueológica e Valorização do Patrimônio arqueológico núcleo da Feitoria Nova – Buraco do Diabo, Ivoti. Porto Alegre: PUCRS, monografia digitada, 2007. (Técnico responsável: Paulo Alexandre da Graça Santos).
O 4kids define o campeão gaúcho das categorias Infantil e Mirim e classifica para o Campeonato Brasileiro de Street Skate.
A pista abriga uma escola de skate, com aulas gratuitas para os alunos da rede escolar do município, inseridos no Projeto Lazer Unindo Gerações – PLUG.