Mas de onde saiu este hunsrück do “Cumôia”?!
Bem, o dialeto hunsrück do “Cumôia” foi trazido por imigrantes oriundos de vários estados pertencentes à Confederação Germânica, em meados do século XIX.
Ele é um dialeto alemão falado em algumas regiões dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo.
A língua, do baixo-alemão, tornou-se praticamente de fala restrita no sul do Brasil.
Na Renânia-Palatinado, de onde vieram a maioria dos imigrantes da região, predomina o alto-alemão, que é a base da língua alemã padrão.
Na verdade, aqui no Rio Grande do Sul, devido à nacionalização ocorrida durante o Estado Novo, houve uma grande mistura de hunsrück com português.
Esta mistura de hunsrück com português dificultava o entendimento de quem se comunicava apenas com o alemão gramatical, ou “hochdeutsch”.
Em outras palavras, se falava Hunsrückisch, porém se escrevia Hochdeutsch – ou Schriftsprache, “alemão gramatical”.
Esta é uma variedade aprendida na escola, com o auxílio de uma gramática que sistematiza e normatiza essa escrita.
Vamos ilustrar isto para quem não compreende o idioma:
Digamos que você peça fósforo, para acender a chama do fogão.
Em Ivoti, uma pessoa pedirá “fôsfa”.
O seu professor de alemão pedirá “Streichhölzer”.
Uma enorme diferença, não?
Cumôia Ivoti!
É assim que vamos saudá-lo, sempre que nos visitar nossa pequena localidade ao pé da serra.
Então, cumôia para você!

Mas, se você ficou curioso com esta forma de falar dos nossos habitantes, nós temos um presente para você:
Baixe gratuitamente a versão em PDF do livro de Jacó Rudi Plitzlamp, personagem do escritor ivotiense Gilberto Winter.
Com certeza você vai dar boas risadas com as histórias hilárias deste simpático “alemôn” e sua frau Hulda.
Além, é claro, de conhecer um pouco mais deste dialeto.
Boa leitura!